Gaara Hiden - Capítulo 04
Tempestade de Areia
As represas e os corações das pessoas são as
mesmas de certa forma.
Depois que ultrapassa certo limite,
eles se rompem.
Mas, o homem tinha sofrido tantas
coisas ridículas até agora, então pensou que seria perdoado por seu coração se
romper. A mulher pensava assim também.
No entanto... Um shinobi que para de
resistir, não é um shinobi.
Então, o que acontece com um shinobi
que já não é mais um ninja?
É obvio.
Eles se tornam presas fáceis.
"Você está indo atrás de Hakuto
sozinho...?!" Baki não podia conter sua perplexidade e confusão na
declaração de Gaara.
Esse não era um pensamento normal que
um líder deveria ter.
Mas, Gaara disse decidido que era ele
quem iria fazer.
"Pelo menos, leve dois de meus
subordinados com você". Baki disse "mas, pensando numa perspectiva de
investigação, deve haver três na equipe”.
"Isso não vai dar certo." O
homem que uma vez tinha sido subordinado de Baki balançou a cabeça sem
hesitação. "Se fizermos isso, se tornará uma missão. Não poderiamos
deixá-lo fora do registro público."
"...!" Baki finalmente
entendeu o objetivo de Gaara.
Se essa questão fosse registrada, em
seguida, ele iria direto ao público.
Claro, este assunto não era algo que
sairia no noticiário da TV ou do rádio.
Era um assunto que iria estar no
patamar superior de Sunagakure.
Mesmo se não houvesse uma cerimônia
oficial de casamento, ainda assim, a jovem da tribo Houki era a mulher que
provavelmente se tornaria a esposa do Kazekage. E ele não tinha sido capaz de
protegê-la. Isso seria um enorme ponto a perder e dar raizes para as críticas.
Obviamente, Gaara não era o tipo de
homem que se preocupava com a reputação. O que realmente preocupava ao Gaara
era na influência que Sunagakure teria, então, um marco nessa distensão também
poderia desmoronar. Isso era a sua única preocupação.
Se você chamar alguém que era obcecado
por poder...
E depois dizer o que quiser.
Foi o que disse o olhar firme nos
olhos de Gaara.
Seu rosto parecia o de um homem
adulto.
"Entendido". Baki disse.
"Deixe tudo aqui conosco. Nós vamos agir como se nada tivesse acontecido.
Mas só até de manhã."
"Sim. Eu vou trazer Hakuto de
volta até o por do sol!"
"Você esta se expondo?"
A mulher que estava esperando por Gaara
ao redor da saída do oásis foi quem perguntou isso.
Ela continuou: "Se for assim, por
favor, deixe-me ir também”.
Ela olha para o Kazekage com um olhar
forte e resoluto por trás das lentes grossas dos óculos.
"Estou grato por suas intenções,
mas-" as palavras de Gaara foram cortadas pelo olhar de Shijima.
"Pra começar, esta é a minha
missão." Shijima disse: "Eu tenho que ir, quando todos os guardas
foram levados para baixo, eu fui ferida”.
Ela mostrou-lhe a ferida que estava em
seu lado.
Ela estava falando sobre como as três
chuunin da tribo de Houki tinham sido enviadas como guardas de Hakuto e tinham
desmaiado sem nenhum som. Shijima, que mal segurava um pouco de sua
consciência, tinha sido envenenada com um ferrão, e que também foi derrotada.
"Você vai ser um obstáculo."
Disse Gaara sem pausa, passando por ela.
Mas, Shijima agarrou sua manga com uma
determinação de aço.
"O veneno foi retirado, e não
estão em meus pontos vitais." Ela disse. "Eu recebi assistência
médica, então sou capaz de me mover."
"..."
Gaara tinha a intenção de livrar-se
dela e continuar seu caminho, mas por alguma razão, ele descobriu que não
podia.
Ah, entendo.
Ele estava se lembrando de algo.
A voz do shinobi que estava disposto a
usar seu próprio corpo, enquanto pensava profundamente em alguém.
Ele não podia olhar nos olhos de
Shijima atrás de suas lentes de vidro grosso, mas suas palavras estavam cheias
de sinceridade.
"São parecidos." Gaara
disse.
"Perdão?"
"Há um shinobi inconvencional que
diz as coisas da mesma forma que você faz. Ele é impossível de segurar. O tipo
de pessoa que continuaria mesmo se morresse."
"Eu realmente não entendo do que
você está falando."
"... Eu estou dizendo que será
problemático te mandar embora." Gaara disse, e soltou um pequeno suspiro.
Mas, ele não suspirou porque se sentiu
frustrado.
"Entendo." O ancião falou
quando ele escutou o final do relatório. Ele deu um aceno muito satisfeito.
O ancião era Toujuurou.
"Resumindo," disse
Toujuurou, "Está tudo de acordo com o plano."
"Sim Senhor."
O shinobi que estava servindo
Toujuurou era um dos subordinados de Kankurou, Maizuru.
Toujuurou gostava de quando os jovens
se humilhavam na frente dele. Ainda mais quando ele era bem jovem, parecido
como o Maizuru.
Isso era porque ele estava com ciúmes.
No passado, ele havia sido um usuário
de taijutsu que era chamado de 'o mais forte' em Sunagakure.
E não tinha sido simplesmente no
taijutsu em que se destacou.
Seja em estilo vento, em invocações ou
genjutsus, ele ficava acima do restante em todos os tipos de campo. Mas, apesar
de tudo, seu corpo que se movia levemente tinha sido a sua identidade.
Mas agora ele estava velho.
Seus olhos já não podiam captar o
mundo como ele queria suas pernas não iria deixá-lo voar e os dedos não podiam
se mover como queria.
Mesmo assim, as pessoas ainda o
elogiavam como um super-homem, como um herói que ainda era vigoroso em sua
velhice.
Mas, eles estavam errados.
Isso não era como era antes.
Envelhecer significava renunciar.
Envelhecer significava descer
lentamente de sua posição do topo.
Vários shinobi superaram suas
habilidades em seus velhos corpos. O que isso significa? Isso significa que ao
contrário de seu eu mais jovem, ele já não poderia ficar no topo. Isso era
insuportável.
E era por isso que Toujuurou ofendia
os mais jovens.
Porque enquanto eles não fossem tão
habilidosos quanto ele agora, um dia iria superá-lo.
'É
por isso que eu vou continuar provando que sou alguém que esta aldeia precisa'.
Toujuurou deu a Maizuru algumas
instruções, e depois se inclinou contra o seu sofá, satisfeito.
A Noite no deserto era fria.
Isso era porque o deserto não tinha
nuvens, umidade, rios, oceanos ou florestas, que poderiam servir para conservar
o calor adquirido com o sol brilhando durante todos os dias.
Era por isso que apesar do dia ser tão
quente é que você poderia fritar um ovo em cima de uma rocha num dia
ensolarado, a noite ficava fria o suficiente para te dar queimaduras.
‘Não é que o País de Fogo não consegue
conquistar o País do Vento. É por que não queríamos isso’.
O Daimyou da Terra do Fogo tendia a
dizer isso. As palavras não eram razoáveis.
Neste momento, Gaara e Shijima estavam
determinados a atravessar o deserto frio e congelante.
Eles não estavam voando com a areia de
Gaara, porque ele estava preocupado em serem detectados. Correr também os
ajudou a seguir as pegadas do sequestrador mais precisamente, e isso ajudou a
conservar seu chakra.
"Olhe para a direita da duna de
areia. Como esperado, eles estão indo em direção à fronteira com o País de
Fogo".
O shinobi que tinha derrotado Hakuto
era apenas um.
Você poderia dizer pelas pegadas.
Seria melhor pensar nele como um ninja
habilidoso. O inimigo não teve que recuperar o fôlego enquanto derrubava
Shijima e os outros guardas. Parecia que ele estava qualificado o suficiente
para apagar suas pegadas com o estilo vento, enquanto ele corria.
"O azar dele é que eu estou
rastreando." Gaara murmurou para si mesmo, mas não por orgulho.
A areia do deserto viveu ao lado de
Gaara como uma família. Se Gaara não tivesse que rastrear o shinobi, então ele
definitivamente teria escapado, sem ninguém ser capaz de rastreá-lo através do
grande deserto. A técnica que o shinobi havia usado para se livrar de suas
pegadas era de primeira classe.
Enquanto Gaara caminhava, a areia
debaixo de seus pés se deslocava com um som sussurrante, e antes que você
percebesse, os grãos tinham se afastado como se estivessem cantando, revelando
as pegadas que haviam sido cobertas. A areia não mente para Gaara.
"Se ele está indo em direção à
fronteira, estão ele vai passar pelas terras da tribo Houki.", Disse
Shijima.
"Ah, verdade. Seu povo era
originalmente da terra do Fogo, não eram?"
"... Sim." O rosto de
Shijima escureceu um pouco.
"Não fique incomoda." Gaara
disse: "Eu não estou querendo te repreender. Estou apenas verificando os
fatos. Você deve estar mais familiarizada com o território. Existe alguma área
por aqui, onde alguém poderia se esconder? "
"Existe um lugar a cerca de uma
hora de distância com passos de um shinobi. É as antigas ruínas de uma cidade.
É um terreno amaldiçoado, de modo que nem fugitivos e nem ladrões iriam para
lá".
"Entendo."
Havia muitas ruínas de cidades antigas
que se encontravam abandonadas no deserto. Isso faz a pessoa pensar se essas
cidades tinham sido construídas há muito tempo, antes do deserto ser um
deserto. Mas, não havia nenhum detalhe definido. A teoria era que as ruínas
tinham sido deixadas desde o tempo do Sábio dos Seis Caminhos e Ootsutsuki
Kaguya.
"Tudo bem, vamos fazer uma
pausa."
“... Por que, senhor? Devemos ser mais
rápidos para alcançar a Hakuto-sama".
Em sua cabeça, Gaara passou o arquivo
de Hakuto que Baki lhe dera.
A maioria de suas missões tinha sido
infiltração, assassinato, e serviço de guarda. Desde que estava envolvida
secretamente nos assuntos internos da tribo de Hokuto, sua ficha não teria
muitos detalhes, mas...
Ela não teve muita experiência em
missões no exterior.
Gaara encontrou uma duna de areia que
parecia que seria boa para descansar, colocou um pedaço de pano e se sentou.
"Faça uma pausa." Ele disse.
"A sua temperatura corporal esta mais baixa do que você pensa.”
"Mas..."
"Sente-se. Essa é uma ordem do
Kazekage ".
Gaara não gostava de ter que usar a
sua autoridade, mas conseguir trazer Hakuto de volta era a coisa mais
importante.
"Entendido." Shijima
sentou-se lentamente, um pouco reservada, ao lado de Gaara.
"Será bom para você." Disse
Gaara.
Ele tirou um fogão portátil, e
pendurou uma pequena chaleira no fogo. Ele acrescentou água do cantil, cubos de
açúcar, folhas de hortelã e folhas de chá.
Enquanto esperava a chaleira deixar
sair sons agradáveis para mostrar que estava pronto, Gaara olhou para as
estrelas.
Ele particularmente não gostava ou
odiava as estrelas.
As estrelas eram ferramentas
indispensáveis para a confirmação de sua localização no deserto menos-claro,
olhando para cima e observando sua posição.
Era por isso que um shinobi do deserto
como Gaara habitualmente olhava pra cima e observava as estrelas.
O céu do País do vento era imenso, sem
fim.
Ao nível do solo no deserto, havia
nuvens de poeira e sujeira, mas o céu estava claro e transparente. Era porque não
havia nenhuma luz da cidade, ou qualquer nuvem para bloquear a visão.
Estrelas eram como grãos de areia
presas no céu. Elas eram frias, não davam qualquer calor para aquecê-lo, e
simplesmente ficavam presas ali, lindas e sem sujeira.
Comparado a isso, os seres humanos que
continuam a lutar entre si são sujos.
O chá tinha fervido.
Gaara serviu o chá derramando um pouco
em algumas xícaras portáteis. Ele estava fazendo isso para se certificar de que
o pó ficou no fundo com a espuma da chaleira. Se ele não o derramasse de certa
altura, o chá teria gosto de pó. Você tinha que beber o chá sem o pó das
folhas.
"Beba isso." Gaara disse,
"Aqueça seu corpo”.
"Sim senhor."
Quando passou a xícara de chá para
ela, os dedos de Gaara brevemente roçaram os de Shijima.
...Elas realmente se parecem.
As estrelas deram luz suficiente para
ele ver que, excluindo seus óculos de lentes grossas, Shijima parecia
incrivelmente semelhante a Hakuto.
Elas não eram apenas da mesma tribo.
Gaara concluiu, mas não assumiu nada mais do que isso.
Sua própria família tinha sido
complexa, e ele ganhou feridas por causa disso, então Gaara não gostava de
perguntar sobre a família dos outros que não tinham nada a ver com ele.
“... Esta quente." O vapor do chá
tinha embaçado um pouco os óculos de Shijima e pela sua voz, parecia que estava
confortada pelo chá.
"Como deve ser," Gaara
disse, tomando um gole também.
O chá tinha o gosto doce do açúcar,
folhas de chá e hortelã.
Era um gosto familiar que pertencia ao
deserto.
"À noite no deserto, a
temperatura do corpo humano cai, e eles perdem o açúcar de seu corpo
rapidamente. O mais assustador é que isso acontece sem percebermos".
"Sem perceber? Estive assim
também?"
"Ninguém repara. Inclusive
eu". Gaara tomou mais um gole do chá. "O deserto não é um ambiente
onde as pessoas possam viver. É por isso que os nossos instintos de
sobrevivência saem do controle aqui. Já vi muitos shinobi de países
estrangeiros, que eram incapazes de sentir calor ou frio e morreram na beira da
estrada".
Mesmo Gaara, que era protegido por sua
defesa absoluta, não era uma exceção a essa possibilidade.
Sua defesa absoluta iria repelir
qualquer ataque que viesse ao seu encontro, mas naturalmente, não iria ajudá-lo
a obter a vitória.
"Para não morrermos assim, é
necessário fazer isso mecanicamente. Fazer uma pausa a cada duas horas.
Enquanto descansa, você bebe um pouco de chá doce. Se fizer isso regularmente,
a pausa vai impedi-lo de sucumbir e te ajudar a suportar isso".
O vento tremulou, e as cores do
deserto mudaram novamente.
"O shinobi que pegou Hakuto não
fez uma pausa. Mas esse tipo de marcha forçada que ele segue não vai durar
muito tempo. Em breve, ele terá que fazer um descanso. O que é necessário para
um shinobi continuar suportando não é o idealismo. É a habilidade".
"... Posso te fazer uma
pergunta?", Perguntou Shijima. Ela estava olhando para sua meia xícara de
chá, mas seu olhar estava distante.
"O que é?", Perguntou Gaara.
"Por que você está fazendo tudo
isso?"
"Pela dignidade de Sunagakure."
Disse Gaara. "Porque eu sou o Kazekage, que é responsável pelo seu
futuro".
"É só Isso?"
"Hakuto é importante, claro. Eu
não tenho nenhuma intenção de deixar seu resgate com outros".
A ordem provavelmente foi trocada para
que Hakuto viesse em primeiro lugar, mas Gaara era um homem muito sério para
deixar mentiras se misturarem com suas palavras.
"Por quê?", Perguntou Gaara.
“... Não. Não é nada".
"Entendo. Então, deveríamos
começar agora. Nós devemos recuperar a distância que temos entre o shinobi".
Gaara se levantou, recolheu as folhas
de chá que tinham usado para fazer o
pequeno chá que estava em seu copo, e em seguida, jogou-os com uma série de
movimentos exagerados para o vento do deserto.
"... Isso é algum tipo de
ninjutsu?"
"É um encanto." Disse Gaara,
com um olhar muito sério em sua face.
"Um encanto?"
"Minha irmã mais velha, Temari,
me ensinou isso. É algo que tem sido transmitido ao clã Kazekage. É um
encantamento que te permite pedir emprestado o poder dos espíritos do deserto
para salvar alguém que ama".
"É mesmo?" Um pequeno
sorriso afetuoso surgiu no rosto de Shijima. "Bem, então, eu espero que o
espírito empreste seu poder, e o desejo se realizará. Vou dedicar um pouco do
poder que eu tenho também".
"Estarei contando com você."
As sombras da dupla começaram a se
mover novamente.
Eu nunca pensei que as coisas poderiam
chegar a este ponto tão rapidamente.
Kankurou tinha voltado para
Sunagakure, e o olhar em seu rosto neste momento era a de alguém que tinha
mordido um limão azedo.
"Kankurou-sama."
Cerca de vinte jovens shinobi tinha
vindo vê-lo.
Cada um deles tinha sido criado após a
Quarta Guerra Mundial Ninja, e cresceram sob os seus cuidados.
Você poderia chamá-los de inocentes.
Eram todos meninos e meninas adolescentes.
"Nós deliberamos durante um
tempo, e no final, concluímos que não podemos seguir com o regime atual."
"Olhem para vocês puxando algo
tão grande." Kankurou balançou a cabeça como se estivessem brincando, mas
todos os olhos estavam sérios.
Eles realmente tinham feito algo
grande, ele pensou.
"Sobre o rótulo bonito de um
"cessar-fogo", tudo o que acontece é que o orçamento é reduzido, e
não estamos mais sendo designados a um lugar para trabalhar."
"Nós não podemos mais seguir com
o regime atual, com as políticas fracas do coração de Gaara-sama!"
"Enquanto nós somos forçados a
viver um estilo de vida dura, ele vai e faz uma reunião de casamento
chamativa".
"Nós pensamos que aquele que
deveria nos liderar é você, Kankurou-sama, o filho mais velho do Kazekage
anterior!"
Eu nunca pensei que as coisas poderiam
chegar a este ponto tão rapidamente.
Kankurou tinha voltado para
Sunagakure, e o olhar em seu rosto neste momento era a de alguém que tinha
mordido um limão azedo.
"Kankurou-sama."
Cerca de vinte jovens shinobi tinha
vindo vê-lo.
Cada um deles tinha sido criado após a
Quarta Guerra Mundial Ninja, e cresceram sob os seus cuidados.
Você poderia chamá-los de inocentes.
Eram todos meninos e meninas adolescentes.
"Nós deliberamos durante um tempo,
e no final, concluímos que não podemos seguir com o regime atual."
"Olhem para vocês puxando algo
tão grande." Kankurou balançou a cabeça como se estivessem brincando, mas
todos os olhos estavam sérios.
Eles realmente tinham feito algo
grande, ele pensou.
"Sobre o rótulo bonito de um
"cessar-fogo", tudo o que acontece é que o orçamento é reduzido, e
não estamos mais sendo designados a um lugar para trabalhar."
"Nós não podemos mais seguir com
o regime atual, com as políticas fracas do coração de Gaara-sama!"
"Enquanto nós somos forçados a
viver um estilo de vida dura, ele vai e faz uma reunião de casamento
chamativa".
"Nós pensamos que aquele que
deveria nos liderar é você, Kankurou-sama, o filho mais velho do Kazekage
anterior!"
“…”
Ele podia entender seus sentimentos. O
Daimyou pensava nos shinobi de Sunagakure como ferramentas intercambiáveis. Em
resposta a diminuição, eles continuavam terceirizando suas missões a outros
vilarejos com valores baixos, a fim de economizar custos.
Mas, claro, era justo que aqueles que
confiavam os impostos dos cidadãos cuidadosamente pensava como ele era usado.
E, ainda, desde os tempos antigos o
acordo era supor que os shinobi protegeriam o país, e o Daimyou o
supervisionaria.
Gaara não era incompetente.
Seu irmão mais novo estava pensando em
um caminho que iria deixar o povo de Sunagakure, o País do Vento, e todos ao
redor do continente viver bem suas vidas.
E, passo a passo, ele estava
caminhando na direção a esse objetivo.
Mas, ele não poderia agradar a todos
com isso.
A estrada escolhida por Gaara era o da
"paz".
E não ‘apenas a prosperidade de Suna’.
Se outra guerra mundial shinobi
começasse, e Suna derrotasse outras aldeias e assumisse sua terra abundante e
fértil, então, sim, poderia ter compensado e recompensado os shinobi, assim
como o jovem shinobi disse.
Mas, eles estariam prosperando no topo
de uma montanha de cadáveres, e iriam alcançar a glória que foi sustentada pelo
ódio.
E, além disso, o que eles fariam se
eles perdessem a guerra? Se Sunagakure for derrubada mais uma vez, então dessa
vez, eles podem não ser capazes de se levantarem novamente.
E foi por isso que Gaara tinha
escolhido o caminho da "paz". Não por causa de qualquer idealismo,
mas sim porque pensava de forma realista, para o bem de seu país.
Cooperação com outras aldeias não
dariam resultados imediatos, mas, eventualmente, graças a essas trocas de
relações, Sunagakure iria prosperar como nunca esteve antes.
Gaara tinha escolhido este caminho
pensando nisso.
"Isso não significa,"
Kankurou disse: "que vocês estão pretendendo matar o Gaara?"
"!"
Agitações se espalhavam por todos os
jovens shinobi.
Embora nenhum deles tivesse
testemunhado pessoalmente a Quarta Guerra Mundial Ninja, todos sabiam do lendário
estilo de luta de Gaara. Gaara tinha passado por uma luta ao nível dos deuses
com Ootsuki Kaguya e sua família, bem como combater os fantoches enviados da
lua. Ele era um Kazekage entre os Kazekage.
Mesmo agora, quando eles falavam de um
golpe de estado, a fé que todos os jovens shinobi tinham em Gaara eram
absolutos.
"É que... não temos nenhuma
intenção de fazer isso."
"Só achamos que Gaara-sama
poderia ocupar a posição de um conselheiro, e Kankurou-sama poderia se tornar o
Kazekage".
"Nós queremos apenas tirar o
Gaara-sama longe do campo político".
Entendo... Vocês andaram pensando
nisso.
Se um jovem shinobi faz isso, então
seria difícil para as forças externas ver isso como um golpe de estado. Se as
mudanças políticas da Suna fossem realizadas dessa forma, então, outras aldeias
não teriam um motivo para prestar assistência ou intervir.
"Kankurou-sama!"
Sunagakure era uma vila relativamente
pobre.
Claro, havia aldeias ainda mais
pobres.
Kankurou pensou que as melhorias que
tinham vindo a Suna sob o governo de Gaara eram incrivelmente grandes.
No entanto, quando os jovens shinobi
interagiram com outras aldeias, eles comparavelmente perceberam que Suna ainda
era "pobre". E assim, eles começaram a sentir ressentimentos.
Por exemplo, se você perguntasse ao
Kankurou ou a Temari, então eles diriam ”comparado com o tempo durante o
esmagamento de Konoha agora a vida quotidiana de todos ficaram melhores”.
Mas, os jovens shinobi só conheciam o
“agora”.
"Kankurou-sama!"
"Kankurou-sama!"
"Por favor, conte-nos a sua
decisão!"
Vinte pares de olhares sinceros
fixaram seus olhos em Kankurou.
Ele não teve escolha senão dar-lhes
uma resposta.
Gaara sentiu que estava vendo uma
massa de pedras graves alinhadas lado a lado.
Ele conseguia entender por que até
mesmo os ladrões não se aproximavam dessas ruínas.
A areia daqui era bela e toda branca,
ao ponto de se perguntar se não seriam os restos cristalinos de ossos
quebrados. Os edifícios de concreto que se erguiam da areia tinham que ser
arranha-céus que havia sido construído pelos antigos anciões.
Até agora, você poderia sentir que as
pessoas costumavam viver aqui.
As cadeiras não eram diferentes do que
são agora, tinha pilares de metal que haviam sido lâmpadas de rua, estradas
espaçosas, os trens relâmpagos¹ deitados em cima de trilhos sem ninguém para
usa-los, computadores enterrados na areia...
Não havia como saber onde as pessoas
que viviam aqui tinham ido.
Havia apenas a luz do luar e das
estrelas brilhando, com a sensação do peso da morte.
Era um cemitério deslumbrantemente
branco de areia.
No meio daquela paisagem, estava
Hakuto.
Ao lado dela estava um shinobi
desconhecido.
Se você tivesse que adivinhar sua
idade, ele não parecia muito mais velho do que Gaara. Ele tinha uma estatura
média, mas que, obviamente tinha sido disciplinado, com cabelo preto e raspado
em volta. Ele se parecia com Gaara.
"Então foi você quem sequestrou
Hakuto."
Hakuto não estava amarrada, e ela não
estava sendo executada.
Se ele ainda pudesse chamar essa
situação de 'rapto' era algo para Gaara hesitar, mas ele não tinha outras
palavras para usar.
Um homem e uma mulher. Você pensaria
que era certo tipo de situação.
No entanto, eram as palavras que Gaara
tinha a dizer por causa de onde ele estava.
"Eu sou Shigezane da tribo de
Houki." O homem falou sem hesitação. Ele caminhou em direção a Gaara com
um olhar claro em seus olhos. Seus passos eram firmes na areia, deixando
escapar sons batidos.
"Já ouvi falar de você, o mestre
da mineração de Metal."
"É uma honra que você já tenha
ouvido falar de mim." Shigezane respondeu."Seria errado se eu fosse
mal qualificado na técnica transmitida a mim pelo quarto Kazekage".
"Meu pai costumava elogiar suas
habilidades." Disse Gaara.
Não havia mentiras no que ele disse.
Ele não tinha encontrado esse homem antes, mas 'Shigezane de Houki' era conhecido como um homem que usou um único
ninjutsu para tirar os cristais metálicos de debaixo da terra, um profissional
em mineração e destruição de fortes.
Semelhante ao estilo ímã, a técnica
também permitia que o usuário tirasse pó de ouro do solo. Shigezane havia sido
ensinado pelo pai de Gaara, que estava concentrando-se na situação financeira
da aldeia.
Que ironia.
O Jutsu de Gaara tinha sido
influenciado pelo seu pai, bem como, no entanto, havia se caracterizado
principalmente pela habilidade de manipular a areia que tinha nascido com como
um Jinchuuriki.
A verdade é que nenhum dos três irmãos
da areia tinha herdado o jutsu do quarto Kazekage.
Era por isso, que sabia que o homem em
sua frente era o discípulo de seu pai, estranhas emoções fortes fluíram dentro
de Gaara.
"Eu não sei quem tem te instigado
a fazer isso," Gaara disse: "Mas o que você está fazendo agora é não
ser nada mais do que um chamariz. Você realmente pretende morrer inutilmente
fazendo esse tipo de tarefa?”.
“... Eu estou plenamente consciente do
que estou fazendo." Os olhos de Shigezane estavam inabaláveis.
Somente as pessoas que pretendiam
caminhar diretamente para os braços da morte tinham aquele olhar nos olhos.
O seu olhar era o mesmo que Hakuto fez
ao seu lado.
E com isso, Gaara compreendeu.
"Gaara-sama!" Shijima
gritou: "Vou começar antes de você!”.
"!"
Shijima estava correndo em direção a
eles. Ela agarrou o houshuriken em suas mãos e, ao criar um kage bunshin,
chutou o pó da areia de cristal, e saltou no ar.
"Shigezane!" Ela gritou:
"Foi você que raptou essa mulher apesar de fazer parte da tribo de Houki,
darei o seu castigo!”.
"Shijima?!" Shigezane
rapidamente fez um selo.
Era o estilo água.
Isso era uma técnica inadequada no
deserto, havia poucos usuários.
Mas, também estamos escassos de
técnicas que poderiam lidar contra o estilo água.
A areia debaixo de Gaara estava
tremendo.
É por baixo!
Gaara fez um escudo de areia, mas não
conseguiu chegar em Shijima e
protegê-la.
O ataque era feito de água.
Uma coluna de água subterrânea
explodiu do chão sob os pés de Shigezane.
Era uma lâmina de água de alta
pressão.
Os túneis da mina estavam cheios de
combustível de gás e poeira, por isso essa técnica era necessária para cavar
através da terra firme sem acender faíscas e inflamar.
Mas o fato também era que se você
tomasse uma batida direta de uma lâmina de água, cortaria através da carne e do
osso.
Os Houshuriken de Shijima foram
pulverizados pelo ataque de água de Shigezane.
O vento selado dentro do houshuriken
explodiu, mas mesmo que enfraquecesse a pressão da água, o ataque ainda tinha
poder o suficiente para cortar e raspar a pele e as roupas de Shijima.
"Tch!" Gaara estalou a
língua, e começou a correr.
Ele não queria ver a kunoichi que veio
para ajudá-lo, morrer cruelmente.
A ação correta a ser tomada nessa
situação era provavelmente sacrificar Shijima para que ele pudesse testemunhar
a técnica de Shigezane em ação e ver através dele, mas esse tipo de resposta
"certa" era uma besteira.
Gaara nunca, nem sequer uma vez, tinha
sido um homem que viveu para fazer a coisa "certa".
Ele era um homem que viveu por causa
do amor.
E o amor, o amor estendia suas mãos
para qualquer um, sem esperar nada em troca.
Era por isso que Gaara corria.
"Eu vou tirar sua vida!"
Shigazane enviou outro gêiser de água.
"Mas, esse é um ataque simples
demais." Disse Gaara.
Ele deixou sua proteção de areia em um
ângulo agudo, e em vez de receber o ataque, desviou para o lado.
Não importa o quão alta fosse à
pressão de uma lâmina de água, se você desse um ângulo para sua energia
cinética, em seguida, ele perderia a sua eficiência de corte.
A areia branca ao redor de Gaara se
deslocou, como uma flor desabrochando.
Quase parecia que estava no meio de
uma rosa branca.
Outra onda de água, e outra, e mais
outra.
A água corrente se tornou uma
tempestade ao redor de Gaara, mas foi rapidamente absorvida pela sua areia e
pelo vento, nunca conseguiria alcançá-lo.
Uma luta de longa distância tem uma
boa probabilidade de pôr Hakuto em perigo.
Ele seria capaz de combater em curto
alcance, Gaara decidiu, e mudou-se para diminuir a distância entre ele e o
inimigo.
Naquele momento, Hakuto, que não tinha
feito nada até agora além de assistir a luta com um olhar triste em seus olhos,
soltou um grito:
"Gaara-sama, Shijima,
fujam!"
"Hakuto!" Por um único
momento, Shigezane olhou por cima do ombro, surpreso.
E com aquele momento, Gaara teve tempo
para se preparar para o próximo ataque.
Shigezane tinha feito um novo selo.
Você podia sentir que ele estava reunindo grande quantidade de chakra.
Um grande ataque, hein.
Gaara imediatamente começou a se
preparar para a defesa.
Mas então, com um gemido baixo, a
areia sob os pés de Gaara começava a girar.
'Areia
movediça?!'
Areia movediça era um fenômeno que
ocorreu quando a areia tinha ficado cheia de água, e graças a essa saturação de
água, começou a se comportar como líquido sintético.
‘Os ataques de água anteriores tinham
sido uma estratégia para saturar a areia em volta de mim com água!’
Como um navio que está sendo arrastado
para baixo sob um redemoinho gigante, em pouco tempo, o corpo de Gaara estaria
afundado até o abdômen. Se ele não fizesse algo para se salvar, ele seria
engolido inteiro pela areia movediça.
Mas, lidar com este tipo de areia era
complicado. Ele não poderia repeli-lo com um escudo de areia, porque nesta
situação, a areia era sua inimiga. A areia estava sendo manipulada pelo chakra
de Shigezane, então ele não podia recuperar o controle total dela.
‘Ele
me pegou... Todo este pedaço de terra era uma armadilha!’
Mas, isso não significava que a fuga
era impossível.
A verdade é que ele era perfeitamente capaz
de escapar. Ele podia recuperar o controle de uma pequena quantidade de areia,
envolvê-la em torno de si e voar para fora.
Mas, Gaara não fez isso.
Foi porque ele tinha visto que Shijima
tinha sido puxada para o meio da areia movediça também.
Shijima tinha sido ferida no ataque
anterior. Não parecia ser capaz de escapar.
Se ela fosse arrastada para dentro da
areia, então ela iria definitivamente morrer de asfixia.
Mesmo se Gaara derrotasse Shizegane,
ele não seria capaz de chegar a tempo. Até mesmo Gaara não seria capaz de
encontrá-la rapidamente se afundasse em uma área tão grande de areia.
E então, Gaara usou sua areia para
saltar onde Shijima estava afundando.
"Gaara-sama?!" Ela gritou:
"Por que você está...?!”.
"Não fale." Ele disse, agarrando-a
pelas mãos e puxando-a para si. Ao mesmo tempo, ele colocou um escudo de areia
em volta deles.
‘Parece que não seremos capazes de
escapar a tempo voando...!’
"Prenda sua respiração." Ele
disse para Shijima, e o redemoinho de areia engoliu os dois por inteiro.
Gaara tinha fechado ambos em seu
próprio domo de areia, e como eles afundaram na escuridão, ele tentou
freneticamente manter o ar.
Nota¹: É o mesmo que trem elétrico no
mundo real.
"Entendo". Disse Kankurou.
Ele tinha deliberado com cuidado em dar um aceno firme com a cabeça.
"Ahh!"
"Kankurou-sama!"
"Kankurou-sama!"
"Quando eu e os outros colocamos
Gaara como Kazekage, não fizemos isso com quaisquer métodos usuais", disse
Kankurou. "Poderiamos dizer que era possível repetir isso, não poderia?"
"Muito obrigado!" Suas vozes
de júbilo choraram.
Não havia mais como voltar atrás.
"Então, você já terminou de
elaborar um plano específico?"
"Claro."
Kankurou olhou para o protocolo que
tinha sido entregue, e suspirou interiormente.
Era exatamente o mesmo tipo de plano
para assumir o controle de uma cidade ensinada nos livros didáticos. Cobriu os
principais pontos, mas não havia imaginação.
Mais precisamente, não havia nada de
surpreendente que representasse uma evolução. Evolução como, por exemplo,
Uzumaki Naruto.
Kankurou alterou algumas coisas com
uma caneta vermelha, e devolveu o protocolo.
"Entendi." Ele disse.
"Mas, me prometa uma coisa. Nenhum sangue será derramado. Se algum sangue
for derramado, haverá retribuição. Então, será apenas uma operação pacífica
para suprimir o patamar superior, e tomar a posição de Gaara".
"Sim Senhor!".
"Quem criou este plano?",
Perguntou Kankurou.
"Fui eu." Maizuru dando um
passo a frente, olhando orgulhoso. Suas bochechas estavam vermelhas.
"Entendo". Disse Kankurou.
"Entendi bem todos os seus sentimentos. Você não vai fazer nada de ruim,
vai?".
No meio da segunda rodada de sua
animação, Kankurou olhou para o teto, a procura de um céu que ele não seria
capaz de ver.
Ele não podia voltar facilmente para
aqueles dias tranquilos.
.
.
.
Escuridão.
.
.
.
Escuridão profunda.
Algo grosso e vermelho se espalhava ao
seu redor.
Sangue.
O cheiro de sangue estava sempre ao
redor do jovem Gaara.
"Por que... sou diferente de
todos?"
Ele tinha nascido como um Jinchuuriki.
Ele era o filho do Kazekage, mas mesmo que essa pessoa fosse seu pai, ele havia
tentado matar Gaara.
E assim, Gaara não conhecia nenhuma
outra forma de interagir com as pessoas além de feri-las.
Ele se perguntava de quantas pessoas tinha
matado.
Teve pessoas que ele matou só porque
não gostava deles, e teve pessoas que ele tinha matado no caminho de uma
missão.
Seu tio Yashamaru tinha sido como um
pai para ele, mas depois que ele se tornou um assassino, Gaara o tinha matado.
Ele tinha matado outros como ele também.
Gaara não podia julgar entre o bem e o
mal.
Ele simplesmente... Matava.
Ele matou, matou e matou, construindo
literalmente uma pilha de corpos em rios de sangue.
Ele pensou que era... Amar a si
próprio.
Quando Gaara acordou, viu o rosto de
uma bela mulher a sua frente.
"... Hakuto?"
"Você já acorou,
Gaara-sama?" Shijima era a única que estava cuidando dele.
"É você, Shijima. Peço
desculpas".
Confundir o rosto de uma mulher com
outra, poderia ser tomado como uma falta de respeito. Até mesmo Gaara, ignorava
os costumes do mundo atual, e sabia disso.
"Não, está tudo bem...",
disse Shijima. "Fazer você recuperar a consciência é mais importante do
que qualquer coisa."
Parecia que ele tinha usado uma
quantidade surpreendente de chakra.
Seu corpo estava muito pesado.
"Onde estamos?"
"Parece uma caverna
subterrânea.", Disse Shijima. "Parece que a areia escorreu para a
caverna de onde a água subterrânea veio."
Os olhos de Gaara finalmente se
ajustaram à escuridão.
Shijima tinha um bastão de luz
emergencial em sua mão, assim podia ver a forma dos edifícios antigos ao redor
deles com o brilho que emanava.
Ele não podia ver o céu. Parecia que
eles foram arrastados para algum lugar muito fundo.
"Já se passou quanto tempo?"
"Por volta de três horas".
"Entendo." Gaara ajustou sua
respiração, e começou a esperar seu chakra se restaurar.
Hakuto não parecia ferida. Ela
provavelmente não seria morta imediatamente, certo?
Havia tempo até o amanhecer. Ele tinha
que manter a calma.
Shijima falou: "Posso te
perguntar uma coisa?”.
"Se é algo que eu possa
responder." Disse Gaara.
"... Por que você me
salvou?" Shijima tinha ficado realmente perplexa.
Ela provavelmente esperava que ele a
abandonasse lá. Ela não ficaria triste por isso.
Isso é o que um shinobi faria, afinal
de contas. Primeiro, tinha a missão, em seguida, ela se vai. Era natural pensar
assim.
"Por nenhuma razão." Disse
Gaara.
"Nenhuma razão...?!" Shijima
exclamou. "Você me salvou, abandonou não apenas a mulher que estava
destinada a ser sua esposa, mas o seu próprio bem-estar e não da à mínima! Eu
sou apenas uma shinobi!"
"Olha..." Gaara sentiu uma
pequena irritação se elevar com essas palavras. "Não fale como se o valor
de uma vida mudasse de acordo com a pessoa".
"Eh?"
"Não importa de quem seja a vida,
o valor dela é o mesmo de qualquer outro. Sem mencionar que você é uma cidadã
de Sunagakure, então você faz parte da minha família". Gaara não entendia
por que estava se sentindo tão irritado. "De fato, há momentos em que um
plano maior era ordenado a seus subordinados para morrerem, mas isso é enquanto
esperavam até o último momento para ter uma possibilidade de vida. Enfrentar a
morte certa é diferente de suicídio, e acreditar que esta dentro de uma missão
difícil é diferente do que vê-los morrer".
"Entendo isso...", Disse
Shijima "Mas, era uma luta em que a sua honra estava em jogo. Se trata de
deixar a mulher que você iria se casar ser raptada”.
"Eu sei. Os colegas que pensam
mal de mim vão usar isso contra mim, para começar seria provável que captassem
esse efeito".
"Então por quê?"
"Porque eu queria te
salvar." Gaara se virou para que pudesse olhar nos olhos de Shijima
através de seus óculos. "... Há muito tempo atrás, no meio dos combates
durante o 'esmagamento de Konoha', eu conheci um homem. Uzumaki Naruto. Ele era
um shinobi incrivelmente estranho".
"Seria o lendário...?"
"Suas técnicas e seus
conhecimentos eram horríveis." Gaara disse: "Diferente de mim, pôde
viver como um ser humano, apesar de ser um jinchuuriki... Eu pensava que ele
era um completo idiota".
Ele ainda era jovem, na época. Era uma
lembrança dos exames chuunin. Naquele tempo, Gaara tinha sido enviado para
participar dos exames chuunin como um espião para esmagar a vila de Konoha por
dentro.
"Mas..." Gaara disse:
"O Naruto veio lutar comigo cara a cara. O que significava viver, quanto
mérito havia na dor... e o que significava amar alguém, essas são todas as
coisas que ele me ensinou".
Era uma lembrança muito preciosa.
E não tinha sido apenas o Naruto.
Rock Lee. Haruno Sakura. Nara
Shikamaru, que acabaria se tornando seu cunhado. Temari e Kankurou, que o havia
apoiado, mesmo quando tinham medo dele.
Todos eram muito jovens.
"Eu o conheci, e aprendi a amar o
mundo além de mim mesmo... E, eu queria um dia amar alguém como minha mãe, meu
irmão e minha irmã tinham me amado. A razão pela qual eu pensava assim... era
porque o Naruto existia".
Uma luz se acendeu no fundo da
escuridão eterna.
E essa luz era o Naruto.
Havia um sonho que Gaara ainda se
lembrava.
O sonho que ele tinha visto no meio do
Tsukuyomi Infinito.
Seu pai, mãe e Yashamaru tinham estado
lá. Ele tinha estado lá, jovem e sem manchas de sangue. E também estava o
Naruto, seu amigo.
Curiosamente, ele não tinha
conhecimento de coisas como amantes, status elevados ou a glória como um
shinobi.
Ele apenas se sentia terrivelmente
feliz.
Gaara não se arrependia de jogar fora
esse sonho.
Ele acreditava que viver como fazia
agora, não em sonho, mas na realidade, era o futuro que tinha escolhido.
Mas, o que fez Gaara ficar tão feliz
no sonho tinha sido o Naruto. Se ele não tivesse conhecido o Naruto, ele não
teria sido capaz de suportar o genjutsu sem a bênção da amizade.
Além disso, era um certo fato agora,
Gaara realmente tinha amigos e um família a seu lado.
"Naruto não tinha nada a ganhar
com o que fez. Teria sido melhor se tivesse matado um inimigo odioso como eu.
Mas, ele não fez. É por isso que...” Gaara deu um sorriso irônico. "Eu
pensei em tentar fazer algo estúpido também."
Quando ele disse isso em voz alta, ele
certamente parecia estúpido.
Mas, também soava estranhamente
reconfortante.
"Algo estúpido?" Perguntou
Shijima.
"Sim. Como o vento que atravessa
o deserto. Enão se restringe em nada e ama a todos... a verdade é que pensava
em tentar viver dessa forma".
"... Sim, entendo." Shijima
assentiu com a cabeça, parecia que seus olhos estavam vendo algo muito
distante.
"Mas, não posso fazer isso".
Gaara disse, "Tenho muitas coisas que não posso jogar fora, e muitas
coisas a proteger”.
"Afinal de contas, você é o
'Kazekage'". Disse Shijima. Ela sorriu.
O sorriso de Shijima era diferente que
a de Hakuto ou de Temari.
Por um momento, Gaara vagamente sentiu
que se assemelhava ao sorriso de sua mãe que havia visto há muito tempo. Então
ele se perguntou se não era o 'complexo de mãe' que Temari falava.
"Eu sou assim também". Disse
Shijima. Ela levantou um dedo, traçando as bordas de seus óculos. "Eu..."
Shijima tirou os óculos.
Seus olhos estavam fechados.
Ela se parecia com Hakuto, mas, o
rosto sorridente de Shijima estava repleto de muita tristeza.
"Eu me sacrifiquei" disse
Shijima. "Por causa das pesquisas de como replicar o segredo do
'Sharingan' de Konoha."
"... Foi o Orochimaru?"
"Sim."
Orochimaru era um shinobi lendário de
Konoha que tinha caído em um caminho perverso. Ele tinha matado o Kazekage de
Sunagakure e fingiu ser ele por um tempo, durante a realização de experiências
terríveis. Os detalhes do que tinha acontecido naquela época não tinham sido
esclarecidos até hoje, mas pensava que um daqueles sujeitos de testes estava
bem ao lado dele.
"O experimento terminou em
fracasso... e eu coloquei um selo em meus próprios olhos." Shijima disse:
"Eu precisava, porque não tinha um jutsu para conter a Técnica ocular. E
confiei a questão de colocar a sucessão do clã à minha irmãzinha, Hakuto".
Shijima colocou seus grossos e
volumosos óculos novamente.
Então essa era a razão. Agora, Gaara
entendia por que Shijima usava aqueles óculos tão inadequados para o campo de
batalha. Eles eram uma ferramenta de restrição usada para conter o doujutsu
irrefreável.
"Por que... disse-me isso?",
Perguntou Gaara.
Mesmo sendo da mesma aldeia, nunca se devem
revelar descuidadamente os detalhes sobre seu próprio jutsu.
Essa era uma regra exclusiva do
shinobi.
Porque, revelando os segredos de seu
próprio jutsu para alguém não seria diferente de confiar à pessoa sua própria
vida.
"Eu também... queria tentar fazer
algo estúpido." Shijima disse, se levantando sem problemas. "Isso é
ruim?"
Sua fisionomia estava pouco iluminada
pela luz fraca. Ela estava muito bonita.
"Não", Gaara levantou-se
também, "Não é ruim”.
"Podemos encontrar o caminho para
sair da caverna com o estilo vento". Disse Shijima, "Eu vou nos guiar
para fora”.
"Estou contando com você."
Gaara disse, "Eu quero conservar o máximo de chakra possível."
Sua fadiga tinha ido para algum lugar
muito longe.
------------------
Comentários
Postar um comentário